Muitos devem pensar que opinião pública é a opinião da maioria das pessoas, e isso é um grande erro. A opinião pública é a opinião da maioria manifesta ou, como define Candido Teobaldo, é “a opinião do público que discute diante as controvérsias, que questiona, que participa.”
Mas, e a imagem? A imagem está relacionada à forma como a organização é vista, é influenciada pela experiência que os grupos externos têm com a empresa e está ligada à opinião pública.
Redes sociais são estruturas sociais compostas por pessoas conectadas por um ou vários tipos de relações ou simplesmente partilham crenças, conhecimentos ou prestígios. As redes sociais vieram para revolucionar as formas de fazer comunicação e os usuários as utilizam como uma forma de obter informação sobre o que desejam. Muitos utilizam as novas mídias para encontrar sugestões de onde comprar e quanto pagar por certo produto, e determinam isso através da opinião de internautas.
Levando em consideração que a opinião de usuários das redes sociais pode e vai influenciar a opinião de outros usuários, entra aí o papel do Relações Públicas, profissional pesquisador que faz seu trabalho com base na opinião dos públicos - aqueles que interagem com ela. Pois suas ações influenciam diretamente no bom andamento das organizações. Sendo assim, o uso da comunicação corporativa bem estruturada e planejada alinhada ao negócio da empresa nas redes sociais é garantia de sucesso.
Hoje, dentre as mais famosas redes sociais como Orkut, Facebook, LinkedIn e Blogs, o Twitter, a mais nova entre elas, vem exercendo papel importante na criação da imagem, pois usuários utilizam a ferramenta para criticar uma marca, um produto e até mesmo uma organização.
Os usuários dessas novas mídias costumam expor suas opiniões sem o mínimo pudor, alguns já estão tão decepcionados que procuram nestas ferramentas uma forma de serem vistos e ouvidos, não importando as consequências.
A seguir, dois casos de usuários do Twitter. Um que criticou a própria organização na qual trabalhava e foi punido, e outro que aumentou a visibilidade da organização.
→ No dia 11 de maio de 2010, a Editora Abril demitiu Felipe Milanez, ex-editor assistente da revista National Geographics Brasil, por ele ter feito um comentário indevido em seu Twitter sobre a Revista Veja, mantida, também, pela Editora. A reportagem comentada era “A farra da antropologia oportunista” que falava sobre reservas indígenas no país, o ex-editor postou em seu Twitter que a revista “fabricava” declarações e citou os jornalistas responsáveis pela matéria como anti-indígenas.
→ Em 2009, um ano depois da criação do Twitter da construtora Tecnisa, foi lançada uma promoção exclusiva para seus seguidores nas redes sociais, que não passavam de 300 no microblog, já nas primeiras cinco horas houve aumento de 200 seguidores e logo no primeiro dia 27 pessoas ficaram interessadas, sendo que uma fechou negócio e realizou a compra de um imóvel através do Twitter.
Analisando os dois casos, pode-se concluir que as organizações que possuem contas corporativas nas redes sociais se preocupam muito com a opinião de seus usuários e com a imagem que elas criam junto aos seus seguidores, procuram manter uma relação amigável com eles, criam promoções a fim de estreitar relacionamentos e questionam as opiniões, porém dependendo do que é dito e qual o seu papel na organização há risco de ser punido.
Se você é um usuário, fique atento na forma que expressa suas opiniões, pois mais para frente poderá se arrepender.
E se você é uma organização, preste atenção na imagem que está sendo criada da sua empresa e o que estão falando dela, procure sempre estreitar os relacionamentos com seus seguidores.
Boa viagem nas navegações pelas redes sociais, mas verifique sempre se é uma boa hora para estar lá!
(Escrito originalmente para a 2ª edição da Revista A Bordo da Comunicação)
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