terça-feira, 28 de abril de 2009

Comunicação Interna

Por Joyce de Almeida Tomaz

No texto Comunicação não é Analgésico, o assessor de comunicação José Cerqueira Filho, afirma: “O mercado convive com profissionais que imaginam que a Comunicação Empresarial é apenas produzir house organs e releases.”.
Mas afinal, o que podemos entender de Comunicação Interna? Qual é a sua função no contexto organizacional?
Algumas definições do Dr. Mitsuro Higuchi Yanaze*

  • Comunicação Administrativa Interna: Disseminar informações, decisões e fatos relacionados à gestão empresarial; melhorar relacionamento entre pessoas e setores, horizontal e verticalmente, formal e informalmente; promover motivação, envolvimento e comprometimento dos públicos internos na realização de tarefas.
  • Comunicação Mercadológica Interna: “Vender” os produtos da empresa primeiro para seu público interno; tornar comum a percepção de que a relação de remuneração/ trabalho é adequada e justa; convencer o público interno a convicção de que todos têm uma função mercadológica dentro e fora da empresa. Cada pessoa e setores têm produtos/serviços a oferecer para os outros.
  • Comunicação Institucional Interna: Compartilhar junto ao público interno: missão, visão, objetivos e valores da empresa; promover boa vontade ao público interno e seus familiares em relação à empresa; incentivar nos colaboradores o sentimento de orgulho por fazer parte da comunidade empresarial; propiciar condições ambientais de clima organizacional que evitem ou minimizem conflitos e crises entre setores e pessoas.
A crítica feita por José Cerqueira tem fundamento, afinal pela definição acima, podemos concluir que o trabalho de Comunicação Interna é algo complexo, que requer um trabalho minucioso, elaborado e com muita criatividade, para atingirmos o resultado proposto. Não podemos esquecer que uma empresa é feita de pessoas, que tem diferentes personalidades, histórias, culturas, experiências e expectativas.
Caso a empresa não consiga mostrar ao seu público interno a importância de seu trabalho, o resultado final (o produto ou serviço) nunca alcançara a qualidade exigida pelo público externo.
Por isso não podemos limitar a comunicação interna a jornais ou folhetos institucionais e acreditar que vamos colher bons frutos.

*Mitsuro Higuchi Yanaze, doutor e professor livre-docente em Ciências da Comunicação pela Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (ECA - USP).

Bibliografia:
Políticas de Comunicação Corporativa 2. Organizador, Laboratório Integrado de Marketing e Cultura. São Paulo. Escola de Comunicação e Artes, 2007.
FILHO, José Cerqueira. Comunicação não é analgésico, em publicação da revista Comunicação Empresarial.

Joyce, 25 anos, é estudante do 3º semestre de Relações Públicas da Universidade Metodista de São Paulo. Estagiária na área de Marketing do Frigorífico Marba.

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