segunda-feira, 18 de maio de 2009

Os prejuízos de um escândalo

Por Joyce de Almeida Tomaz

Na edição 940 em abril de 2009, a revista Exame publicou a reportagem “O preço de um escândalo”, devido a dois grandes escandâlos que estiveram em evidência na mídia no mês de março: a prisão da dona da Daslu, Eliana Tranchesi, e de quatro executivos do conglomerado Camargo Côrrea, um dos maiores do país.

Mas o que eu destaco nessa reportagem, foi o resultado de uma pesquisa realizada pela Economist Intelligene Unit (EIU), líder mundial em inteligência de negócios global. Um time de 269 executivos respondeu sobre o impacto dos escândalos sobre as empresas.

O gráfico abaixo revela as irregularidades que provocam mais danos à imagem de uma empresa*













O gráfico de crises mais freqüentes nas empresas:











Já sabemos que hoje, os clientes e consumidores não compram somente produtos ou contratam serviços, levam também o nome da empresa e a confiança que depositam nela. O estudo revelou que o maior problema que uma empresa pode enfrentar é a perda da reputação.

Em casos assim ocorrem dois tipos de prejuízos: o primeiro é o mensurável, ou seja, os gastos com advogados, com publicações de informes de esclarecimentos públicos e desenvolvimento de estratégias de gestão das crises. O valor estimado é de 2 milhões de reais. Porém, esse valor pode variar muito de acordo com o tipo de crise. Em uma queda de avião, o valor passa a ser de 1 bilhão de dólares.

O segundo tipo de prejuízo é o relacionado aos danos da imagem, fuga de talentos, desconfiança em relação à marca e perda de contratos e clientes. Esse é o pior, é o custo mais caro de uma empresa. Pode arruinar uma reputação para sempre.

Fica a claro, a importância de um trabalho de comunicação feito de forma preventiva. O risco de crise é eminente em qualquer situação, mas se houver um trabalho de comunicação adequado, rigoroso, podemos evitar arranhar tanto a imagem da empresa.

Manter um bom relacionamento com a imprensa, mantê-la sempre informada das ações da empresa, treinar porta-vozes, colocar-se a disposição para responder a todos os questionamentos dos públicos, manter uma equipe de funcionários bem treinados, tudo isso para amenizar os danos causados em uma crise.

* A pesquisa permitia respostas múltiplas
 
Fonte: 
Revista Exame - Edição 940 - Ano 43 - 08/04/09

Joyce, 25 anos, é estudante do 3º semestre de Relações Públicas da Universidade Metodista de São Paulo. Estagiária na área de Marketing do Frigorífico Marba.

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